quinta-feira, 17 de julho de 2014

Teresina registra 81 casos de coqueluche no primeiro semestre

Nos últimos quatro anos, o número de casos de coqueluche tem aumentado não só em Teresina, mas em todo o país. Este ano, até o dia 4 de julho, foram notificados 81 casos e essa quantidade deverá aumentar nos próximos dias. É o que afirma Amariles Borba, diretora de Vigilância em Saúde da Fundação Municipal de Saúde (FMS).
Ela afirma que a FMS foi procurada para coletar material de pessoas, aparentemente, com a doença, e dar o diagnóstico. Amariles explica que a faixa etária mais afetada pela coqueluche é de crianças menores de um ano, e a situação mais grave é das crianças menores de um mês. Segundos dados da FMS, dos 81 casos, 27 são de crianças menores de um ano; crianças entre 1 e 4 anos somam 20 casos. De 5 a 9 anos, foram registrados 15 casos. De 10 a 19 anos, a Fundação registrou 9 casos. Adultos de 20 a 39 anos somam 6 casos de coqueluche. De 40 a 59 anos, esses casos chegam a 3, e em idosos com mais de 60 anos foi registrado apenas 1 caso.
Amariles Borba reforça que os casos de coqueluche aumentaram devido ao não cumprimento do calendário de vacinação e que, quando, pelo menos 95% das crianças não são vacinadas, a doença volta, e é o que está acontecendo.
Foto: Jailson Soares/O Dia

Amariles Borba diz que doença está relacionada ao não cumprimento do calendário de vacinação
“Infelizmente, o calendário não está sendo obedecido pelas pessoas. Ano passado, em Teresina, só cobrimos 84% das crianças, ficando em torno de mil sem serem vacinadas, apesar de ter a vacina em 104 locais diferentes nas salas de vacina dos hospitais e as pessoas não cumprirem esse calendário, que é feito para proteger as crianças”, pontua.
A diretora de Vigilância em Saúde explica que as crianças precisam tomar cinco doses da vacina pentavalente, até que elas completem quatro anos de vida. Essa vacina combinada protege contra difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus Influenzae tipo B e a Hepatite B.
“A primeira dose é dada aos dois meses de vida. A segunda aos quatro meses e a terceira aos seis meses, e é feito o reforço com a Tríplice Bacteriana, aos 15 meses e aos quatro anos”, disse.
Caso a pessoa apresente sintomas como pele azulada (que indica falta de oxigênio), períodos de respiração interrompida (apneia), ataques ou convulsões, febre alta, vômito persistente e desidratação, deve-se procurar a emergência de um pronto- -socorro.
FONTE: Portal O Dia

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